domingo, 26 de abril de 2015

DESPERTAR



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Desperto
já perto da longínqua ilusão
vejo-me sôfrego da vida 
que o teu Sol aquece 
cinjo-te à minha mente
escaldante de angústia
tentando firmar os limites do eu
que espero voltar a ser

E neste caminhar febril 
que o verde do teu olhar atenua
procuro escalar-te a sedução
agarrar em teu ventre a vida
beber a seiva em tua fronte
perder-me no emaranhado revolto dos teus cabelos 
repousar enfim como fazem as árvores no Inverno

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